Histórias Inspiradas: Mulher que venceu o câncer compartilha suas reflexões pessoais

Mulheres que inspiram com suas historias
História de Carolyn Sutton pode ser inspiração para outras mulheres

No dia 14 de fevereiro de 2003, durante uma das quimioterapias, Carolyn Sutton ouviu da médica a sugestão de escrever um diário para compartilhar a história que ela viveria para encorajar outras pessoas. Qualquer batalha vencida contra o câncer já deveria ser celebrada e compartilhada para inspirar a humanidade com histórias positivas. E o caso de Carolyn não era diferente. Ela estava enfrentando o câncer de mama, tipo de câncer mais comum entre mulheres no mundo. A experiência que ela teve diz respeito sobre a força de mulheres reais que fazem história e inspiram outras mulheres com livros que toda mulher deveria ler.

O diário que registrou os pensamentos e reflexões decorrentes da luta diária até vencer o câncer é a base do livro Nova Chance. Além de acompanhar como foi o tratamento de Carolyn, as leitoras vão ser conduzidas em meio a diversas promessas bíblicas que foram fonte de inspiração, força e descanso para a autora.

O título do livro em inglês  (Leaning on God’s heart – inclinado sobre o coração de Deus, em uma tradução livre) faz referência ao texto bíblico de João 13:23, que relata que João estava inclinado no peito de Jesus após a Santa Ceia. A intenção da autora desde o início do livro é apontar para essa promessa de descanso e refúgio junto a Cristo. Por meio de lembretes e breves meditações no fim de cada capítulo, a autora consegue sintetizar a experiência de cada fase do tratamento com aplicações espirituais sensíveis e tocantes.

“Nesta experiência com um câncer físico, Deus me deu muitas oportunidades de parar e observar alguns pontos de vista cênicos pelo caminho, como eu os chamaria. Essas pausas me possibilitariam reavaliar minhas perspectivas em relação à crise e ao conforto, medo, fé, dor e adoração. Tenho que admitir, é claro, que fico relutante em trazer à tona todas essas lembranças, visitando uma vez mais lugares por onde jamais gostaria de ter passado. No entanto, o que realmente desejo partilhar com você é Aquele que já estava lá, naqueles lugares escuros, esperando que eu chegasse, trêmula e com os olhos arregalados”.

Fé à prova

Antes mesmo de ser diagnosticada com câncer, Carolyn já tinha motivos para questionar a Deus com perguntas que colocassem a fé à prova. Anos antes ela havia perdido o pai e há alguns meses a mãe havia sofrido um infarto e estava com a saúde debilitada. Na mesma época do diagnóstico, o marido também precisou realizar uma biópsia para averiguar a suspeita de um câncer. O início de 2003 trouxe uma tempestade na vida de Carolyn que ela se questionou: “Por que eu?”. E este foi apenas a primeira das perguntas que testaram a fé dela no período em que é relatado no livro.

Apesar das circunstâncias que levam o ser humano a questionar a Deus serem muito particulares, de uma forma geral as perguntas são recorrentes. Tanto o é que a autora encontrou conforto em outro relato diário, escrito entre os dias 19 e 20 de maio de 1859 por Ellen White. Carolyn também encontrou trechos na Bíblia que expressavam angústia pelo sofrimento humano.

“Notei uma linha comum que costurava a experiência dos indivíduos que mencionei. Aceitaram a realidade de suas crises pessoais. Apesar de terem expressado suas emoções com honestidade, eles também as administraram”. 

Com a convicção de que é um direito humano expressar o sofrimento e questionar o próprio Deus, a autora tenta oferecer um caminho para administrar as emoções em momentos de crescente tensão mental. Portanto, a despeito das situações que levem você a questionar a fé, talvez você encontre descanso para o fervilhão de perguntas que tais situações o induziram a criar.

Diante do inimaginável, repense

Por se tratar de um câncer de mama, diversas situações registradas no livro podem ser vividas por outras mulheres. A força do relato, no entanto, toca até mesmo o mais frio dos homens, pois conduz a momentos inimagináveis para o universo masculino.

“Na semana seguinte à cirurgia, eu levava um choque toda vez que me despia para tomar banho. A primeira vez que olhei no espelho para o meu seio cicatrizado e deformado (cicatriz do dreno, cicatriz do linfonodo e o resultado da lumpectomia), tentei não chorar. No entanto, sabia que algo que havia feito parte da minha vida por muito, muito tempo, havia sido removido para sempre. Sofri em silêncio, porém profundamente”.

Este é apenas um exemplo, pois o livro mescla momentos chaves de um tratamento de câncer – como a adoção de perucas durante aLivro sobre mulher que inspira com sua história de vida quimioterapia – com experiências inimagináveis mas que podem ser vividas por qualquer um de nós – como o luto pela mãe. Carolyn aproveitou cada uma dessas situações para repensar sua relação com Deus, com o próximo e consigo mesma. Aliás, boa parte das reflexões apresentadas conduzem o olhar do leitor para dentro de si. Tal sondagem interna pode até causar um desconforto, afinal sempre é um susto quando olhamos no espelho e vemos alguma parte em nós que está deformada, à exemplo do seio de Carolyn.

Este convite a revisitar o próprio eu pode trazer novas compreensões e significados a experiências, frases e pensamentos já experimentados. O que outrora poderia parecer exagero, como a passagem do livro Pequenas mulheres, de Louisa May Alcott, em que uma das personagens se queixa do peso de uma agulha, ganham uma nova dimensão e passa a ter uma intensidade adequada para a potência do que está sendo vivido. Portanto, o livro também é um exercício de empatia entre mulheres, entre a humanidade e, por que não, entre você e Deus.

Gostou desse conteúdo? Aproveite para conhecer a história completa no livro Nova Chance, que você encontra em nosso site clicando aqui.

 

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